Resumo acadêmico crítico: A Paz Perpétua e Outros Opúsculos.



Aluna: Cecília Folador de Azevedo

Resumo acadêmico crítico: A Paz Perpétua e Outros Opúsculos.

KANT, Immanuel. A Paz Perpétua e Outros Opúsculos. Lisboa: Edições 70, 1988, p. 11-19.
O texto “A Paz Perpétua e Outros Opúsculos”, escrito por Immanuel Kant trata sobre o seu conceito de esclarecimento. Ele define o esclarecimento como a saída do homem da minoridade para a maioridade. Esclarece que na minoridade há uma falta de entendimento e decisão, o sujeito ainda não está emancipado para apropriar-se se suas idéias. Neste caso, existe a necessidade de alguém assumir as suas responsabilidades, pois este indivíduo é maior em idade, contudo, não utiliza a sua mente de forma autônoma. Kant afirma que o culpado pela minoridade é o próprio homem e em grande parte é causada pela preguiça e covardia. Ele afirma que estar na posição de minoridade é mais cômodo, pois, se alguém pode possui o entendimento ou a consciência em seu lugar e ainda, se alguém decide em seu lugar, não precisa dispensar esforços. Para Kant, quando não existe obrigatoriedade em refletir sobre si mesmo e seus papéis frente à vida, outros se encarregarão de fazer esta aborrecida tarefa. De outro lado, encontra-se o artigo escrito por Cesar Barreira que traz uma discussão sobre o totalitarismo exposto por Hannah Arendt. O autor esclarece que na visão de Hannah Arent o totalitarismo é um movimento e governo com intenção de dominação total das almas e consciências, alcançando de maneira absoluta a esfera pública. Ele expõe que estes movimentos totalitários são possíveis onde há um grande número de pessoas, que por algum motivo sentem-se atraídos pela organização política. Essas massas de pessoas, para Hannah Arent, não se unem por uma consciência de interesses comuns, mas por influência das classes que se impõe com objetivos específicos. Barreira relata que para o totalitarismo se desenvolver é preciso a existência de uma sociedade que seja uma presa fácil, que acredita em ideologias demagógicas e que encontre um líder carismático. Os dois textos revelam a falta de autonomia do homem tanto em assumir seus pensamentos, quanto em posiciona-se frente à vida de forma a responsabilizar-se pelos seus atos. Muitos dos homens preferem que alguém assuma suas responsabilidades no mundo e que alguém pense em seu lugar. Pensar dá trabalho! A escritora Lya Luft, às vezes trata de questões polêmica e intitulou um de seus livros Pensar é Transgredir. De fato, pensar é carregar consigo uma responsabilidade de grande peso, sobretudo porque quem pensa age de forma autônoma.   

BARREIRA, Cesar. Poder e disciplina: diálogos com Hannah Arendt e Michel Foucault. Fortaleza: EUFC, 2000, pp. 53-74.           

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