FICHAMENTO DE COMENTÁRIO
(aluna: Deise Ferronato)
Direito de família |
“A
mãe que já era quem podia ser”
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Fichamento de comentário
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FACHIN,
Luiz Edson. A mãe que já era quem podia ser. In: ______ As
intermitências da vida: (o nascimento dos não-filhos à luz do Código Civil
Brasileiro.1ª ed. Rio de Janeiro: Forense, 2007, p.3-9.
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Em seu capítulo
inicial, o livro do renomado jurista curitibano Luiz Edson Fachin, traz logo
de pronto uma narrativa crítica de um caso de paternidade/maternidade que é
tema presente no cotidiano de quem está advogando na área e se vê envolto em
situações de filiação por eleição que refletem uma sociedade de consumo, onde
este consumo afeta inclusive as relações familiares. Neste capítulo, é
relatada uma situação em que a mãe biológica serve apenas de meio para gerar
e gestar a criança que será entregue à sua irmã ao nascer por pedido
suplicante da mesma. Porém, esta criança será criada sem pai, mas descobre
com o passar do tempo que seu tio é o seu verdadeiro pai. De uma hora para a
outra a sentença judicial deixa claro que sua mãe não era mais sua mãe. Que
ele era um filho proveniente de um falso registro o qual a justiça passava a
chamar de “erro”. E assim, dá-se a narrativa de um capítulo onde um filho se
transforma em “não-filho”, e por ter a mãe biológica falecido, vê-se um
retrato de “duas mães possíveis: onde ambas, porém, mergulharam nas águas do impossível sem
retorno”. O autor, ainda, busca a lição de outros autores, e cita Manoel de
Barros, “amarrou no rosto a sua máscara e cresceu”, para enfatizar um
problema jurídico criado e que se reflete nos fatos. Mostra a grande
dificuldade de amanhecer após uma sinistra noite de temporal. E assim, traz à
discussão de como lidar com as situações onde as relações humanas não são
amenizadas pelas relações jurídicas.
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O livro está no acervo de biblioteca particular.
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