SÍNTESE: A MUDANÇA DA SOCIEDADE A PARTIR DA REFLEXÃO

Aline Alves Corrêa[1]

             No primeiro capítulo do livro Modernização Reflexiva, escrito por Ulrich Beck, é apresentada uma discussão sobre a construção da contemporaneidade, a partir da queda do Muro de Berlim em 1989, que simbolizou o fim da era comunista e deu inicio à  globalização e à liberdade de mercado.
            Esta suposta liberdade que iria possibilitar o direito além da igualdade e fraternidade aconteceria após a Revolução Francesa em 1789. Através dela a população passaria a ter uma nova forma de vida, o que para Ulrich Beck não passou de uma grande mentira.
            A burguesia manipulava e explorava a população pobre dizendo que daria bens a ela, promessa esta que não foi efetivamente cumprida, continuando a enriquecer. Desde então, os direitos de igualdade e fraternidade não existem e todas as sociedades desde 1789 continuam sendo capitalistas.
            Se a passagem de uma idade depende de um marco e de uma mudança, a contemporaneidade nunca existiu. O que temos são sociedades com conteúdo moderno, portanto capitalistas sem opções de mudanças, tendo em vista ser o único formato vigente. Daí surge a “sociedade de risco”, devido aos conflitos, o caos e aos problemas existentes.
           De acordo com Ulrich Beck, a sociedade é enganosa, o Estado acha que ela é contemporânea, contudo, é moderna. Ele deveria agir em favor da população ao invés disso, regulamenta matérias de uma sociedade que não vive ainda.
           O Estado que não cria políticas modernas, obriga a sociedade a criar subpoliticas, que nascem com a participação do povo que, esta é proposta e não estatal imposta como a estatal. Se as políticas continuarem a ser ineficientes, chegará um grau em que o Estado terá que aceitar as subpoliticas.
          Diante das situações, surge a ideia da Modernização Reflexiva, que é o processo de mudança que vai coordenar o Estado e a sociedade com o mesmo perfil, acabando com o confronto e o conflito para se caminhar junto e poder finalmente através de um encaixe com objetivo de chegar a um contexto, ser uma sociedade contemporânea ou moderna.

REFERÊNCIA
BECK,Ulrich.Modernização Reflexiva: Política,Tradição e Estética na ordem social moderna. São Paulo: Editora UNESP.



[1] Aluna do curso de Direito da Faculdade Dom Bosco.

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